segunda-feira, 21 de julho de 2008

CONTO 9 (ORIGINAL)


Conto 9 – De como um idoso, não mais tendo como usar sua ferramenta em beneficio próprio, cedeu outra forma de se beneficiar com a ferramenta alheia.

Após ouvir a estória das cinco moças, tive que de despedir delas devido encontro que tinha marcado com um a moça que me contaria outra estória. Elas me agradeceram a cortês recepção que tive com elas e disseram que precisando delas para os mesmos divertimentos que elas tinham com Alberto estariam à disposição. Eu recusei dizendo ser homem casado e que minha mulher, e só ela, me bastava e muito bem.
E saí rumo ao encontro com a moça. Chamava-se ela Luana. Tinha um avô, cujo nome não relatou que antes de morrer quis experimentar novas experiências.
Nos altos dos seus oitenta anos, não mais dispunha da força, energia e vitalidade de sua mocidade. Perdera tosa a grandiosa potencia que possuíra. E nem os novos medicamentos lhe auxiliavam mais.
Mas o velho ainda muito interessado na coisa teve que abrir mão dos preconceitos a abrir outras mais. Sabia que tal abertura era sensível e exigia precisão de sua utilização.
Procuro indivíduo de sua confiança e que não fosse extravagante em seus dotes. E em casa sua experimentou o que lhe restava ainda conhecer. Se meio tivesse de continuar com a prática anterior, ele optaria por essa, mas na falta dela se arranjava como podia.
E acabou por gostar da nova prática ainda que lhe fosse temerosa a idéia de descobrirem o que fazia e que os tivessem como coisa que ele dizia a si mesmo não ser. Isso eu deixo por mérito do leitor.

Moral: com a idade temos que nos virar como podemos para termos o que queremos.
Em realidade: o avô de Luana podia sim ser caridoso, como acabar se tornando, mas para as senhoras e usando de sua oralidade levar felicidade a elas.

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